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Quase todos Aboinobrenses conhecem as malhadas, uns porque experienciaram as suas vivencias, outros porque as contemplam desde há muitos anos.
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Foi bom que em 2010 se retomasse o mostrar dessas tradições na Eira da Pequenina, para que fosse mais uma atracão no âmbito turístico, e em especial para os descendentes dos aboinobrenses que desconheciam, na prática, como era na época dos seus antepassados. E é bom que se não deixem no esquecimento os usos e costumes dos Aboinobrenses.
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Na véspera da realização da malhada de 2011 (já tinha feito o mesmo com a de 2010), nas minhas deslocações pela freguesia, registei com muito agrado o empenho da junta de freguesia a envidar todos os esforços para que o maior numero de pessoas estivesse presente, foram-me chegando relatos de que Aboinobrenses estavam a preparar para levar tudo o que era tradicional nas malhadas, desde os malhos até aos demais apetrechos, não esquecendo os merendeiros, onde não faltariam o bacalhau, os bolinhos, o pão de milho e o respectivo Verdinho, doados. E isto levou-me a acreditar que na freguesia tudo foi organizado e aprontado sem o empenho de mais alguém. Também não vejo em quê, pois me garantiram que até o centeio foi cultivado e oferecido para o efeito. Um bem-haja a todas estas boas vontades reunidas.
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Na realidade, em 2011 repetiu-se nesta mesma eira da freguesia a malhada. Desta vez ainda com mais centeio, e segundo se dizia na sua preparação, iria ser ainda mais concorrida duque a do ano anterior e que ao terminar iríamos ter ali as desgarradas das concertinas para a folia de toda a assistência. Infelizmente, a assistência foi menos duque no ano anterior e no fim já não havia condições para dar andamento às desgarradas ou o que quer que fosse.
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Aventaram-se diversas hipóteses para que a assistência tivesse decrescido, foi bem patente que muitos dos que fizeram essas observações estariam interessados em recolher as mais diversas contribuições para se perceber porquê. Percebi que a intenção de algumas pessoas era ouvir a minha opinião. Falei pouco, mas deixei vincado, como quem pergunta, “como Aboim da Nóbrega é tão grande e tem muitas e boas eiras, algumas que até fazem mais e melhor eco dos malhos, porque não se muda de lugar dentro da freguesia todos os anos?” E acrescento hoje, atendendo a que já em 2010 se afirmava que uma das razões das malhadas era atrair turistas à freguesia, porquê realizar a malhada sempre no mesmo lugar?
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Parece-me que muita mais gente vê deste modo, pelo que, registo com bom grado o anúncio da malhada deste ano a realizar no dia 10 de Agosto pelas 15h00, no Lugar da Pena, conforme notícia no Portal de Aboim da Nóbrega.
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Já que estou a encontrar “sintonia” com algumas das minhas observações, deixo aqui mais uma, como é sabido as estradas ou caminhos para os mais diversos lugares das nossa freguesia, com ou sem eiras, são muito estreitos ou exíguos. Para quando começar a alarga-los ou criar outros mais largos para haver alternativas? E não só com vista ao turista, está bom de ver… Aboim da Nóbrega está cada vez mais na moda e merece. Bem-haja.
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