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Se for mesmo muito curioso ou não concorda com o conteúdo deste blogue, deixo-lhe o meu correio electrónico xilefe@gmail.com para que possamos discutir estes assuntos e corrigir os erros ou gralhas daquilo que escrevi. Da diferença nascerá a verdade dos factos. Todos é que sabemos tudo.
Podem usar os textos, imagens e vídeos, desde que informem a autoria e o local da divulgação.

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AGRADECIMENTO PÚBLICO:

Poderá não ser vulgar encontrar a imagem de um Campo Santo
Ver mapa maior">(clique aqui para ver a imagem) postada num blogue. Mas há uma razão muito válida para tal, a de agradecer publicamente às pessoas que, anonimamente, têm cuidado e ornado a campa dos meus saudosos pais, António do Marta e Josefa dos Ferreiros. Estou feliz por ter sabido quem são e eternamente agradecido a ambas pelo carinho desinteressado e a estima dedicada. Nós vos estamos gratos para todo o sempre. Bem-haja.

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31/05/2007

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

NO DIA MUNDIAL DA CRIANÇA, COMO EM MUITOS OUTROS DIAS

Era e é vulgar ouvir-se que, as crianças são os homens de amanhã, as crianças são o futuro ou ainda, as crianças são o melhor do mundo e há quem mostre isso por acções, como por exemplo a, Escola de Esqueiros, (Vila Verde) com a História da Rabanetolândia.

Na convergência, Escola, Alunos e População num objectivo comum na feitura do livro que teve o seu lançamento no passado dia 2 de Maio de 2007, esta população adulta mostra que souberam estar à altura de serem, o homem de amanhã.

Já na Freguesia de Covas (Vila Verde) por muito que queiram levar a cabo projectos do tipo deste da Escola de Esqueiros. Com os seus filhos impedidos de frequentar a escola local ou as das redondezas, afastados dos seus familiares e do resto da população da freguesia 12 a 15 km de distancia, todos os dias escolares, torna inviável a convergência de qualquer obra com os adultos e o enraizamento das pessoas nas suas freguesias.

Claro que, as consequência destas medidas para concentrar tudo nos, ou em volta dos promissores “dormitórios de Braga” afecta muitas mais freguesias e muitas mais virá a afectar se o plano, a nível nacional, de encerramento de mais 900 escolas for por diante.

ÀS VEZES DÁ QUE PENSAR. OS QUE TOMAM ESTAS MEDIDAS HOJE, TERÃO OUVIDO ALGUMA VEZ EM CRIANÇAS QUE, SERIÃO OS HOMENS DE AMANHÃ? ...QUE AMANHÃ É ESTE?





Ainda bem que existiram homens que ouviram isso muito bem enquanto crianças e deram provas disso ao levar as escolas a onde elas faziam falta. Aboim da Nóbrega, é disso um testemunho, quando a antiga escola (foto 1), já não chegava enraizou aí as suas crianças aumentando o número de escolas, com a das Lameiras e a da Carvalha (foto 2). Será que agora também estão condenados a ir para tão longe como os de Covas?



Até os homens, quase todos analfabetos, ao talharem milimétricamente as pedras, como as que se vêm nos montes nesta foto da escola da Carvalha para construir a mesma, sabiam que estavam a construir os alicerces dos homens de amanhã e dali saiu perfeição.



TAMBÉM SAIU PERFEIÇÃO E CONTINUA, COM AS ESCOLAS QUE FORAM LEVADAS ÀS CRIANÇAS DOENTES NOS HOSPITAIS.



Aqui está na prática uma das muitas provas de que se pode e deve levar a Escola às crianças proporcionando-lhes as melhores condições.


De certeza que todas as pessoas que se esforçaram para por em prática o futuro das Crianças souberam perceber o futuro pondo em prática esta “globalização informática” benéfica.


Souberam materializar promovendo e concretizando alguns dos DIREITOS DA CRIANÇA e é muito fácil saber quais são porque até está ao alcance de um clic, como se pode constatar no trecho transcrito de um dos sites.


“Nunca é demais lembrar, até porque poucas vezes isso tem sido feito, quais os direitos que assistem especificamente às crianças, e que estão consagrados na Convenção sobre os Direitos da Criança que foi elaborada em 1989 pelas Nações Unidas, que tiveram em consideração, entre outras coisas, o indicado na Declaração dos Direitos da Criança, adoptada em 20 de Novembro de 1959 pela Assembleia Geral desta Organização, que dizia que “a criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem necessidade de uma protecção e cuidados especiais...”. Ou neste link, como em muitos outros.

Sou de opinião que os pais que compreenderam o que receberam quando crianças, sabem ser os homens e as mulheres de hoje e sabem muito bem que quando se trata dos Direitos da Criança, que também nunca estão a dar demais e o que se passa na Escola no Hospital D. Estefânia em Lisboa, é um dos exemplos disso. Bem hajam.

E como se viu nos fins de Agosto de 2007, as pessoas do concelho de Vila Verde a norte, sabem bem o que querem e têm a certeza do que devem querer:


"Pais manifestaram-se em frente à Câmara de Vila Verde
Revolta contra encerramento da Escola Básica de Covelo.
Um protesto contra o encerramento da Escola Básica 1 de Covelo, na freguesia de Covas, em Vila Verde, juntou na manhã de ontem uma centena e meia de alunos, pais, avós e responsáveis da Junta de Freguesia de Covas, em frente às instalações da Câmara Municipal de Vila Verde.
A revolta estava estampada em vários cartazes e fez-se ouvir da boca dos manifestantes, que não pouparam críticas à Câmara e aos responsáveis da Direcção Regional de Educação do Norte.





Texto, Vasco Alves Foto, Publicado a 31-08-2007" - Fonte Diário do Minho
Esta foto da Escola EB1 em obras, foi inserida no site da Junta de Freguesia de Covas em 21-8-07.

Escrito e/ou transcrito por Félix Vieira

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13/05/2007

AS DESFOLHADAS EM ABOIM DA NÓBREGA

AS DESFOLHADAS, O APUPAR ÁS RAPARIGAS E O LOBO

Como era hábito em Aboim da Nóbrega, o trabalho cansativo começava bem cedo, quer fosse nos campos, nos montes ou em qualquer outra actividade. E não se pense que o dia de trabalho acabava com o cair da noite, porque conforme as épocas do ano, tinham lugar à noite as idas aos moinhos para levar o milho para moer ou trazer as farinhas lá moídas, as Espadadas (Espadeladas) do Linho e outros tratamentos que o mesmo exigia e fiar, com as rocas características nas mãos de pessoas há muito tempo entendidas nesse manuseamento. Outra actividade que também se prolongava pela noite dentro, conforme a quantidade de milho ou o grande número de pessoas, umas para desfolhar e outras simplesmente para se divertirem.
Como é sabido, havia as regras para quem encontrasse o milho rei que impunham os beijinhos, bem como outras lutas e brincadeiras bem próprias das noites da DESFOLHADA que proporcionavam noites divertidas e bem agradáveis para a maioria das pessoas.

Embora, bem divertidas e agradáveis, como eram as desfolhadas do meu Avô materno em Barjes, muito trabalhosas para mim e minha Mãe, mesmo que fosse tarde e já estivéssemos cansadíssimos, tínhamos de regressar à nossa casa no lugar do Tojal, a onde nos esperavam os meus irmãos ansiosos por nos ver chegar com alimentos, o que procurávamos fazer pelo caminho mais curto, indo pelo carreiro que atravessa o Rio Vade na ponte junto aos moinhos de Barjes para o Souto e daí até à nossa casa no Tojal, na foto a seguir:

Fazíamos este percurso muitas vezes, eu e minha Mãe, sempre conversando um com o outro ou a dar atenção aos apupos às raparigas com aquelas gargalhadas (gasgalhadas, como dizia a minha Mãe).
Numa noite em que, mais uma vez fazíamos este percurso, já bastante tarde, caminhado na noite escura que arrepiava naquele carreiro, em vez de ouvir as habituais "gasgalhadas", ouvimos foi repetidos gritos assustadores vindos dos campos de entre o frondoso das árvores. Aquele local já tinha fama de pôr medo, ao fugirmos, ora ia eu na frente, ora passava a minha Mãe. Chegámos ao Souto num ápice, a onde as pessoas, alertadas pelos nossos gritos, já se encontravam no caminho, vindo ao nosso encontro. Minha Mãe, com muita dificuldade em falar, lá ia dizendo que lhe parecia terem sido gritos de almas de outro mundo. Outras pessoas conjecturavam outros cenários. Eu perdi o pio, mas não sujei as cuecas, verdade verdadinha, é que eu também não sabia o que eram cuecas…
Mais tarde, a minha Mãe ficou a saber quem nos tinha pregado a partida, porque o figurão, como dizia minha Mãe, tinha-se gabado disso numas das conversas de taberna na companhia de uns cartilhos (quartilhos). A partir daí fiquei com mais um medo, é que minha Mãe andou a ver se o apanhava a jeito para lhe dar "um tratamento" e eu sabia que ela era mulher com genica para isso, mas temia as consequências, físicas ou outras, que daí poderiam advir.

É evidente que tínhamos outro caminho para vir para o Tojal, que era pelo Adro da Igreja, mas demorava mais tempo por ser mais longo, não menos frondoso e com o inconveniente de termos de passar junto ao cemitério, o que à noite nos impunha um certo respeito, de nos por os cabelos em pé (medricas…), o que levou a que tivéssemos de recorrer ao carreiro habitual e como o meu Pai se encontrava a trabalhar em Vila Franca de Xira, não podíamos beneficiar da protecção dele junto de nós. Não sei explicar se o meu Pai tinha ou não algum medo de andar de noite, a verdade é que andava e muito pelos mais diversos locais da freguesia ou outros, para quem conhece Lameiras, Casais de Vide, campos do Sadas, Coutada, Poças de Caboucos para regar de noite, Monte do Padral como quando ia a Ponte da Barca por motivos de doença ou para as feiras, chegava a andar por esses locais e sozinho, muitas vezes depois da meia noite, isto não porque ele se gabasse, mas porque várias pessoas o diziam.
O meu Irmão Manuel, mais novo que eu, que Deus o tenha em descanso, bem como os meus Pais, também era muito corajoso tal como o meu Pai. O Manuel chegava até a fazer apostas de entrar em certos sítios, a horas que poucos se atreveriam, como por exemplo, à meia noite em ponto, subir ao muro do cemitério e dar lá umas certas voltas sem cair ou desistir.

Eu também tive uma peripécia, quando fui surpreendido por um Lobo, mas da parte da tarde e ainda era dia, quando num dia vinha do nosso campo, o Sádas, ao passar ao pé de outro nosso, Coutada (fotos da Coutada próximo do "meu Castanheiro" dessa época), pressenti uns movimentos por entre as giestas, que então eram abundantes. Um pouco mais a baixo vi a cabeça de um Lobo entre as giestas, olhei para os campos do meu lado esquerdo na descida, vi um Castanheiro que, como todos os castanheiros, são difíceis de subir, mas eu pus-me lá em cima num rápido.

Estive lá em cima algum tempo que me pareceu uma eternidade, cada vez mais assustado e sem saber se era mais que um Lobo. Quando a seguir, o avistei num cabeço, sobranceiro ás poças de Caboucos, já mais longe, desatei a correr pelo caminho a baixo em direcção à minha casa no Tojal e sempre a olhar para todo o lado.
Ao passar junto às poças de Caboucos estava lá um homem de sachola na mão que, ao ver a aflição com que eu corria, fugiu também e no lugar da Tomada deve ter virado para o Souto. Mas o mais forte fui eu a fugir, que devo ter chegado primeiro à casa onde nasci no lugar do Tojal (foto acima) que no mapa do Google está assinalada. Mais uma vez, mal de mim se não fosse eu e o meu rico Castanheiro… Sim porque sorte não se tem, procura-se e os Aboinobrenses são nisso exímios. E por falar em procurar, teremos a sorte de encontrar aqui os Madredeus?

Escrito por Félix Vieira

06/05/2007

DIA DA MÃE




SIM, A MÃE É ETERNA

Estou mesmo a falar da minha Mãe Zefinha (Zéfa do Tojal) e a “beber” o sorriso e o carinho com que Ela segura um dos seus bisnetos, filho da minha sobrinha Paula.

As Mães, eternas são-no de muitos modos, pelos afectos que nos transmitem que ficam em nós como que, uma matriz directiva, a passar de geração em geração e por tantas outras coisas que ficaram eternas. Como os sacrifícios, em especial os das Mães, para criar os seus filhos e até por vezes, os de outrém.
Quem não conhece em Aboim da Nóbrega exemplos do que afirmo. Eu próprio senti os “sacrifícios eternos” que minha Mãe enfrentou e se transmitem para a eternidade moldando um povo. Estou eternamente grato Mãe Zéfa, por me ter dado o Ser.

Entre outras Mães, em Aboim da Nóbrega, que encararam, também, outro tipo de eternas dificuldades posso e devo destacar a Mãe, Maria do Carmo Reis (2ªfoto) que, para além de uma digna Professora, meteu ombros a obras que, algumas não se sabe quando começaram e lhes tentou dar eternidade, entre diversas outras que promoveu como por exemplo, Os Lenços de Namorados, de Aboim da Nóbrega.
Fica para a eternidade aquele momento em Setembro de 2002, em que Doma Maria do Carmo Reis, segurando um livro, bem ilustrado com as fotos dos Lenços dos Namorados, com um sorriso aberto e olhar brilhante, o colocou nas minhas mãos, dizendo “é para ti Félix”, olhando-me bem nos olhos, como se me estivesse a entregar um tesouro. A verdade é que, é para mim um tesouro de valor inigualável e é eterno porque é Cultura de um Povo, Os Lenços dos Namorados.


Está, para minha felicidade e nos meus afectos em particular, a Ana (foto junto à Igreja de Aboim da Nóbrega), minha Esposa e Mãe dos meus filho e filha que irão, se Deus quiser, para nosso contentamento, permitir o continuar da eternidade das Mães.

É bom viver, não é?

Mesmo que para viver, tenhamos que dizer muitas vezes: mal de mim se não fosse eu, o que acontece no dia-a-dia a muita Mãe. “Mães Coragem”, das quais podemos destacar ainda mais exemplos.


Infelizmente, ainda poderia-mos colocar aqui mais uns milhares de "sítios" sobre milhentos casos e bem sabemos que da maioria deles, as MÃES não têm culpa.

Mas, nem tudo é triste, vejam só o Hino á Mãe que nos oferece o homem com H grande, o Português Poeta e Emigrante, Euclides Cavaco:




Aceitem esta Rosa, com a qual abraço todas as MÃES do mundo:




Feliz Dia da Mãe para a eternidade.


Escrito por Félix Vieira